Uma mesma palavra em três diferentes tempos pode mudar todo um contesto sem ter uma só letra alterada.
DESCARTÁVEL... Foi descartável, é descartável, será descartável...
Vivemos em um mundo onde tudo, exatamente tudo é descartável. A
comida, os objetos, a natureza, mas principalmente o ser humano – em toda a sua
complexidade. O ser humano é o inicio, o meio e o fim de todos os descartes,
desde a mais simples necessidade, até a mais complexa das questões.
Descartamos em ações, em palavras, em pensamentos... Descartamos
amizades, familiares, respeito e até casamentos. Descartamos, descartamos e
descartamos como se nada fosse importante, como se não houvesse valores...
Estamos nós a procurar por nosso próprio ego-mor adormecido, ou estamos
nos mesclando em meio à sociedade para não nos sentirmos excluídos ou somos tão
errôneos a ponto de ignorar tudo e todos? Sem nos importar com o que vem e vai,
acostumados com tags de validade, com
duração cronometrada. Não somos produtos, mas estamos nos preparando para estampar
prateleiras de supermercados.
A questão é: será que descartamos tanto, a ponto de acreditar que
não existe absolutamente nada com demasiado valor, valor este capaz de nos
fazer parar o tempo, para que dure enquanto nossa existência acontece?
O que nos faz acordar todos os dias, em meio ao sol ou a chuva,
para enfrentar pedras nos sapatos e areia nos olhos, para enfrentar a vida e as
pessoas complicadas, sendo que no final é tudo em torno do descartável?
Não sei o que esperamos, mas imagino onde podemos chegar, ou talvez
antes, até possamos nos autodescartar.
e vc ainda quer que eu pare de ler seu blog?? louca...kkkk
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