The hypocrisy blind us... Nobody Here, but us...

By Lk

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Descartável

Uma mesma palavra em três diferentes tempos pode mudar todo um contesto sem ter uma só letra alterada.
 
DESCARTÁVEL... Foi descartável, é descartável, será descartável...
 
Vivemos em um mundo onde tudo, exatamente tudo é descartável. A comida, os objetos, a natureza, mas principalmente o ser humano – em toda a sua complexidade. O ser humano é o inicio, o meio e o fim de todos os descartes, desde a mais simples necessidade, até a mais complexa das questões.

Descartamos em ações, em palavras, em pensamentos... Descartamos amizades, familiares, respeito e até casamentos. Descartamos, descartamos e descartamos como se nada fosse importante, como se não houvesse valores...

Estamos nós a procurar por nosso próprio ego-mor adormecido, ou estamos nos mesclando em meio à sociedade para não nos sentirmos excluídos ou somos tão errôneos a ponto de ignorar tudo e todos? Sem nos importar com o que vem e vai, acostumados com tags de validade, com duração cronometrada. Não somos produtos, mas estamos nos preparando para estampar prateleiras de supermercados.

A questão é: será que descartamos tanto, a ponto de acreditar que não existe absolutamente nada com demasiado valor, valor este capaz de nos fazer parar o tempo, para que dure enquanto nossa existência acontece?

O que nos faz acordar todos os dias, em meio ao sol ou a chuva, para enfrentar pedras nos sapatos e areia nos olhos, para enfrentar a vida e as pessoas complicadas, sendo que no final é tudo em torno do descartável?

Não sei o que esperamos, mas imagino onde podemos chegar, ou talvez antes, até possamos nos autodescartar. 

domingo, 25 de setembro de 2011

Palavras

Na maioria das vezes não tenho muito a dizer, ou para ser mais exata, prefiro não dizer.
Se digo, é um trabalho a mais fazer me entender.

Palavras são como espadas de dois gumes, mas os lados podem se inverter, então nunca se sabe o efeito que simples letras agrupadas irão ter.

Dizem que não tenho muito a dizer, mas é o que mais tento fazer, gritando, pedindo atenção, talvez de maneiras incompreendíveis,  mas o que mais faço é dizer.

E já faz um tempo que entendi que não devo desperdiçar palavras, se não as uso, não sou ouvida, e se as uso em muito posso ser reprimida.

Ainda assim, para o bem ou mal, é melhor não ser ouvida, pois ao menos não terei de contar com a sorte quando a espada cortar!